publicado em 10/04/2017
Especialistas discorrem sobre criptografia e seus dilemas jurídicos em mesa redonda realizada no IDP
A utilização da criptografia, bem como os dilemas jurídicos que a permeiam, foram o foco da mesa redonda "Decifrando a Criptografia", realizado em Brasília/DF, no dia 28/03, pelo Centro de Direito, Internet e Sociedade (Cedis/IDP), com o apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
O debate contou com a participação dos especialistas Danilo Doneda (CEDIS/IDP), Diego Aranha (Unicamp), Antonio Moreiras (NIC.br), Alexandre Veronese (UnB) e Caio Iadocico de Faria Lima, coordenador adjunto do Comitê Jurídico da camara-e.net (foto abaixo).
De acordo com Aranha, a privacidade deve ser vista mais como uma ferramenta de controle e não de esconder informações. “Os riscos à privacidade são reais e causam prejuízo de diversas naturezas na sociedade. Trocamos de graça nossos dados por serviços de internet, logo, é como se os nossos dados não valessem nada, mas eles têm um valor intrínseco e são comercializados por grandes empresas”, alertou.
Para Aranha, banir a criptografia é culpar a ferramenta e não os criminosos, além de limitar a livre iniciativa de escrever um dado e a própria liberdade de expressão. “Deveríamos oferecer incentivos para empresas que querem construir sistemas seguros.
A criptografia de fato é difícil. Interferir nela é basicamente uma escolha entre privacidade e vigilância de massas”.
Segundo Moreiras, a segurança e privacidade andam juntas e estão do mesmo lado da balança. “Uma complementa a outra. O que está no outro lado é a vigilância, que às vezes passa uma ideia de falsa segurança. A criptografia fim a fim é algo necessário e imprescindível para o funcionamento da internet hoje em dia”, opinou.
Veja mais fotos clicando aqui. Crédito das fotos: Fernanda Furtado
Fonte: assessoria de comunicação da camara-e.net com informações do IDP
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