publicado em 30/08/2017
E-commerce fatura R$21 bilhões no 1º semestre de 2017, aponta Ebit
O e-commerce faturou R$21 bilhões no primeiro semestre de 2017, crescimento nominal de 7,5% ante o mesmo período de 2016, quando foram registrados R$19,6 bilhões. O número de pedidos aumentou 3,9%, de 48,5 milhões para 50,3 milhões, e o tíquete médio registrou expansão de 3,5%, passando de R$403 para R$418. Os números são do relatório Webshoppers 36, divulgado nesta quarta-feira (23) pela Ebit, empresa referência em informações sobre o comércio eletrônico brasileiro.
De acordo com Pedro Guasti, CEO da Ebit, a economia brasileira deu seus primeiros sinais de reação na primeira metade de 2017, e isso refletiu positivamente no ecommerce. "No primeiro semestre de 2016, no auge da crise política e econômica, o número de pedidos registrou queda pela primeira vez na história, retraindo 1,8%. Nos primeiros seis meses deste ano, além da recuperação do crescimento, o e-commerce ultrapassou pela primeira vez a barreira de 50 milhões de pedidos", afirmou.
De acordo com o Webshoppers 36, uma das principais causas para o aumento dos pedidos foi a queda dos preços dos produtos comercializados online. O Índice FIPE Buscapé, que monitora a evolução dos valores cobrados no e-commerce, aponta para deflação de 5,38% nos últimos 12 meses encerrados em junho de 2017. "Em condições favoráveis de mercado, o comportamento do índice é deflacionário, principalmente devido a sua composição e suas características", explica.
O número de e-consumidores ativos registrou uma expressiva expansão de 10,3% no período, para 25,5 milhões. Para esse levantamento, a Ebit considera os consumidores que fizeram pelo menos uma compra no e-commerce no primeiro semestre de 2017.
Confira o desempenho das principais categorias no primeiro semestre de 2017:
Categorias |
Share | Pedidos |
|
1 | MODA E ACESSÓRIOS | 14,8% |
2 | SAÚDE, COSMÉTICOS E PERFUMARIA | 12,2% |
3 | CASA E DECORAÇÃO | 10,6% |
4 | ELETRODOMÉSTICOS | 10,3% |
5 | TELEFONIA / CELULARES | 9,5% |
6 |
LIVROS / APOSTILAS E ASSINATURAS |
8,5% |
7 | ESPORTE E LAZER | 6,1% |
8 | INFORMÁTICA | 4,8% |
9 | ALIMENTOS E BEBIDAS | 4,6% |
10 | ELETRÔNICOS | 3,5% |
Categorias | Share | Faturamento | |
1 | TELEFONIA / CELULARES | |
2 | ELETRODOMÉSTICOS | |
3 | ELETRÔNICOS | |
4 | INFORMÁTICA | |
5 | CASA E DECORAÇÃO | |
6 | MODA E ACESSÓRIOS | |
7 | SAÚDE, COSMÉTICOS E PERFUMARIA | |
8 | ESPORTE E LAZER | |
9 | ALIMENTOS E BEBIDAS | |
10 | ACESSÓRIOS AUTOMOTIVOS |
Crescimento significativo do M-commerce e redução do frete grátis
O crescimento das vendas via smartphones e dispositivos móveis em patamares bem acima da média do mercado também foi um dos destaques do relatório Webshoppers 36. A expansão registrada no primeiro semestre de 2017 foi de 35,9% – nove vezes maior do que o volume de pedidos do mercado – registrando um share de 24,6% de todas as vendas do mercado.
"O que mais impressiona é o crescimento de 56,2% de volume financeiro. Esse movimento deve-se à aproximação do valor do tíquete médio de compras via dispositivos móveis, que registrou aumento de 14,9% no período, se comparado ao mercado como um todo", aponta André Dias, COO da Ebit.
Os players do e-commerce reduziram a oferta de frete grátis. Dados do relatório Webshoppers 36 apontam que, para o mercado em geral, houve uma redução de 42% para 38% no 2o trimestre deste ano se comparado com o mesmo período de 2016. Levando-se em conta apenas os dez maiores players, esse percentual reduz de 26%, para 18% do mesmo período do ano passado. "O mercado definitivamente tem procurado manter o posicionamento na oferta de frete gratuito apenas para algumas categorias mais específicas de mercado ou quando o consumidor não tem urgência para receber o produto. Dessa forma, pode aguardar por um tempo maior de entrega ou ainda retirar os produtos em alguma loja física", explica Dias.
Expectativas para o Segundo semestre
Para o segundo semestre de 2017, a perspectiva é que as três grandes datas do calendário do varejo – Dia das Crianças, Natal e, principalmente, Black Friday – impulsionem as vendas. Para este semestre, a Ebit espera um crescimento de 12% a 15%. Levando em conta os números deste primeiro semestre e a estimativa para o segundo, a Ebit prevê que o mercado volte a registar expansão de dois dígitos, atualizando para 10% a perspectiva de crescimento do mercado no acumulado do ano.
Digital Commerce
O relatório Webshoppers 36 traz um estudo inédito sobre o Digital Commerce, que agrega venda de produtos novos e usados de empresas para consumidores (B2C) e de consumidores para consumidores (C2C), além de serviços (Turismo e Ingressos). Esse mercado movimentou R$93,5 bilhões no ano passado.
De 2012 a 2016, o Digital Commerce apresentou crescimento nominal de 88% com crescimento médio anual (CAGR – Taxa Composta Anual de Crescimento, em português) de 17%. Neste mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresentou um recuo de 3,9%. "Esse crescimento mostra o dinamismo e o potencial do comércio eletrônico nacional", afirma Pedro Guasti.
Para consultar a 36ª edição do relatório Webshoppers, acesse o site: www.ebit.com.br/webshoppers
Sobre a Ebit: presente no mercado brasileiro desde 2000, a Ebit acompanha a evolução do varejo digital no País desde o seu início, sendo a maior referência em inteligência competitiva para o e-commerce. Através de um sofisticado sistema, que coleta dados diretamente com o comprador online, a Ebit gera informações detalhadas sobre o mercado diariamente. São mais de 10 mil pesquisas respondidas por dia, 22 mil lojas avaliadas até o momento e 30 milhões de pesquisas acumuladas desde 2001. Saiba mais em: http://www.ebit.com.br
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