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Em 2020, com o inesperado cenário de pandemia e distanciamento social, empresas de todos os portes e segmentos tiveram de rever suas estratégias e seus formatos de operação. A transformação digital foi acelerada e apressada, com as empresas buscando, o mais breve possível, providenciar acesso remoto aos servidores, configurar salas de reunião virtual, reinventar a comunicação interna e os fluxos digitais de trabalho.

Nesse cenário, tornou-se essencial discutir formas seguras de identificar corretamente o usuário no meio online. O tema da identidade digital foi posto em pauta, apresentando ferramentas íntegras e confiáveis de autenticação e identificação unívoca.

No âmbito legislativo, a Lei 14.063, sancionada ainda em setembro, trouxe novidades para a solicitação de serviços públicos de forma online ao estabelecer três modalidades de assinaturas eletrônicas: a assinatura eletrônica simples, a avançada e a qualificada – esta última realizada com certificado digital no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e, por isso, com o mais alto nível de segurança.

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD – Lei nº 13.709/2018), que entrou em vigor em 18 de setembro de 2020, embora as penalidades só sejam aplicadas a partir de agosto de 2021, também foi um importante destaque do ano e incentivou as empresas a olhar para a segurança das informações com mais cuidado e atenção. O marco legal regulamenta o uso, o tratamento, a proteção e a transferência de dados pessoais no país, garantindo ao cidadão maior controle sobre as suas informações pessoais e dados sensíveis ao exigir consentimento explícito para a coleta e uso desses dados.

Ao mesmo tempo, alguns casos de exposição de dados pessoais custodiados no âmbito da administração pública foram noticiados, evidenciando que as formas de acesso e autenticação aos sistemas tenham níveis de segurança mais criteriosos do que o acesso padrão por login e senha.

Para este ano, a tendência é que os investimentos e atenção às soluções de identidades digitais permanecerão. A transformação digital é uma realidade e a segurança dos usuários e dos sistemas é uma prioridade, devendo ser garantida utilizando-se de infraestruturas confiáveis e íntegras.