São Paulo – As vendas no varejo eletrônico (e-commerce) parecem ter sido fortes neste Natal, quando os consumidores on-line do País gastaram, em média, R$ 347 por compra. O tíquete médio é alto, mas, assim como no varejo de lojas físicas, os números ficaram um pouco abaixo do previsto inicialmente, porém o empate foi quase técnico.
De acordo com balanço da consultoria especializada no segmento e-bit., o valor é 0,86% menor do que a expectativa de R$ 350 divulgada em novembro, e acompanha a pequena retração da expectativa maior dos empresários do varejo como um todo. Por outro lado, para a empresa, o resultado demonstra que os esforços dos lojistas para que não ocorressem problemas surtiram efeito.
A diretora da e-bit, Cris Rother Montante, afirmou que o cenário no período de Natal de 2011 foi positivo para o comércio eletrônico no Brasil, o que demonstra que o setor está amadurecido e preparado. Entre 15 de novembro e 24 de dezembro foram movimentados R$ 2,6 bilhões em vendas de bens de consumo, avanço de 20% em relação a dados do mesmo período de 2010.
De acordo com a consultoria, eletrodomésticos foram os produtos mais vendidos no Natal deste ano, seguidos por informática; moda e acessórios; eletrônicos; artigos de saúde, de beleza e medicamentos.
Ainda com relação às vendas pela Internet, mas agora falando em âmbito global, o curioso é que o uso do computador em prancheta (tablet) iPad, da Apple, surpreendeu ao ser o canal usado por até 7% das pessoas que compraram produtos no segmento. O produto inclusive ultrapassou como canal de vendas virtuais o iPhone, que respondeu por 6,4% das transações. Conforme pesquisa da IBM, ao todo, os aparelhos portáteis da Apple intermediaram 13,4% das vendas eletrônicas no Natal, contra 5% da plataforma Android, sua concorrente.
Outro dado interessante é que os aparelhos da Apple respondem por 92% de todas as compras feitas a partir de dispositivos móveis. A consultoria RichRelevance analisou 3,4 bilhões de transações de abril a dezembro, quando o uso de celular e tablet em compras virtuais saltou de 9% para 18% do total de transações no mundo. Esses aparelhos foram responsáveis por 14,4% das vendas on-line no Natal deste ano, que cresceram 16,4% ante 2010.