Em entrevista à camara-e.net, Marcelo Macedo, CEO do ClickOn e coordenador do Comitê de Compras Coletivas fala sobre o crescimento acelerado do setor e afirma que não acredita em “bolha” nem “febre” do segmento.
Os sites de compras coletivas representam um segmento novo no País, onde se proliferam rapidamente – de acordo com o Portal Bolsa de Ofertas, são 1.890 sites de compras coletivas em funcionamento – e se consolidam no mercado eletrônico com o diferencial de se especializarem na oferta de serviços. Essa característica específica levou o ClickOn, terceiro maior site deste segmento no Brasil, a buscar uma entidade que o representasse nos importantes assuntos relacionados ao comércio eletrônico, associando-se à Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) e participando da fundação do Comitê de Compras Coletivas. “Há algum tempo estávamos procurando uma forma mais organizada de representar e defender o mercado. Aventou-se até a possibilidade de criar uma associação independente, quando fomos apresentados à camara-e.net. Uma das grandes vantagens que encontramos na Câmara foi uma abertura e diálogo muito bons”, conta Marcelo Macedo, presidente do ClickOn e membro do Conselho Consultivo da camara-e.net, no mandato de 2011-2012, eleito no dia 17 de junho. Com a criação do Comitê de Compras Coletivas da camara-e.net, oficializada no dia 08 de julho, Macedo acredita que a categoria terá uma representativa maior. “O objetivo é criar o código de ética e o termo de autorregulação do segmento para que o mercado seja educado. Esperamos que as empresas do segmento, especialmente os signatários, garantam que não farão spams, além de afirmarem o compromisso maior com o consumidor, a preocupação com o que está sendo ofertado e o cumprimento das regras como um todo”, disse. A expressividade do segmento é grande. Estima-se que este ano, o comércio de compras coletivas deva movimentar R$ 1 bilhão, sendo o Brasil o terceiro País com maior audiência em sites de compras coletivas, atrás apenas dos Estados Unidos e da França. Apesar de ser uma atividade recente, para Macedo o segmento não é uma “febre”. “Não é passageiro, o segmento de compras coletivas veio para ficar”, afirma. Ele também não acredita em “bolha”, mas analisa que as empresas que quiserem se manter no mercado vão precisar encontrar um diferencial para fidelizar o cliente, pois apesar da facilidade de se abrir um negócio desta natureza e das vantagens que ele oferece, o setor tende a se consolidar. “O futuro do segmento será o negócio personalizado de target de oferta, onde as empresas pequenas farão ofertas de 200 ou 300 cupons e a gente não vai precisar enviar 8 milhões de e-mails para atingir o público”, explica. “Nosso desafio é conseguir ser mais preciso na oferta que estamos gerando e oferecer para o público exatamente o que ele quer. Não é todo homem que gosta de receber propaganda no e-mail sobre depilação a laser, por exemplo”, pondera. Relacionamento e Marketing Na ocasião da primeira oferta do site, há 15 meses, o ClickOn contava com 10 funcionários. Hoje, são 354, sendo que 50 deles trabalham no escritório na Argentina. São mais de 8 milhões de pessoas cadastradas, e mais de 500.000 fãs no Facebook e Twitter, recebendo diariamente as ofertas que variam entre serviços de gastronomia, cultura, esportes, beleza, viagens, entre outros, com descontos exclusivos de até 90% garantindo mais clientes aos comerciantes e preços especiais aos consumidores. Apesar da pouca vida do negócio, que impede a empresa de criar um histórico dos clientes, o ClickOn já percebe que o número de clientes que voltam para adquirir um serviço tem crescido desde novembro de 2010. Na época, 90% das compras eram feitas por usuários que compravam pela primeira vez no site. Hoje, este público iniciante representa menos de 50%. “Queremos que cada vez mais as pessoas conheçam o modelo de compras coletivas. O segundo desafio é que todos aproveitem e tenham boas experiências com as compras coletivas”, disse. Por comercializar serviços, os sites de compras coletivas precisam se preocupar constantemente com o relacionamento e o marketing. “É a primeira forma que a gente conhece de fazer o link do online para o offline, ou seja, de tirar o usuário da frente do computador e entregá-lo no estabelecimento. Por isso, o relacionamento e o marketing são muito importantes para os parceiros comerciais, que são os prestadores de serviços”, conta Macedo. Por esses motivos, o modelo de compras coletivas está deixando de ser encarado apenas como sites de vendas de cupons e está contribuindo para a efetivação de uma melhoria na qualidade da divulgação de serviços e produtos e do relacionamento com o cliente. Engajamento social Como primeira ação voltada para o social, envolvendo os e-consumidores, o ClickOn firmou parceria com a ONG Exército de Salvação na campanha de inverno deste ano, com o tema “Calor Coletivo”. O projeto contempla a coleta de doações em postos físicos com a ajuda de empresas parceiras, a colaboração dos usuários em redes sociais e a possível doação de dinheiro na compra de ofertas do site. O objetivo é arrecadar, no total, 10 toneladas de produtos. Para Macedo, as empresas que estão evoluindo bem tendem a se preocupar com o bem-estar da sociedade. “O que nós sabemos fazer bem é divulgar os serviços. Então aproveitamos essa experiência e unimos forças. Acreditamos que com o crescimento e maturidade da empresa, projetos como esse se tornem mais corriqueiros”, disse. Fonte: Assessoria de Comunicação da camara-e.net