O comércio eletrônico brasileiro representa hoje cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo levantamento encomendado pela Visa à América Economia Intelligence.
Entretanto, especialistas apostam num percentual ainda maior, na casa de 1,5%. “As pesquisas acabam não mensurando a movimentação dos pequenos players no mercado”, observa o Ceo da Kanui e especialista em comércio e marketing eletrônicos, Marcelo Marques.
O presidente da Camara-e.net, Ludovino Lopes, também estima que a participação do setor no PIB brasileiro seja hoje da ordem de 1,5%, com perspectiva de expansão nos próximos anos.
“Hoje, o comércio eletrônico representa de 5,5% a 6% das vendas do varejo do país. Nos Estados Unidos, uma economia mais madura para esse tipo de atividade, a participação é de 17%. Isso mostra que ainda há muito espaço para crescer”, analisa Ludovino Lopes.
O faturamento da atividade no ano passado no Brasil foi da ordem de US$ 25 bilhões, 43% a mais ante 2010. Marques aposta num prazo de cinco anos ou até menos para que o segmento possa chegar a responder por até 5% do PIB do país.
Ele ressalta que, para que isso aconteça, é necessário que haja incremento na comercialização de computadores e aumento dos acessos à internet, o que está ocorrendo, conforme levantamento do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), divulgado ontem.
A sétima pesquisa sobre Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) mostra que a proporção de domicílios com computador passou de 35% em 2010 para 45% no ano seguinte. E a presença da internet subiu de 27% para 38% nesse período no país. Foram pesquisados 25 mil domicílios.
Considerando o acesso dentro e fora de casa, uma fatia de 45% da população brasileira é usuária da rede mundial de computadores, utilizando-a nos três meses que antecederam a pesquisa.
Fonte: O Tempo