O mundo virtual passou a ser mais uma alternativa de venda para as empresas e não é de hoje que grandes empresas comercializam seus produtos e serviços on line. A inovação está no aumento da participação de micro e pequenas no desfrute desta oportunidade. Seja por meio de uma página própria ou de redes sociais, o e-commerce se torna uma ferramenta muito importante na hora de vender e divulgar uma marca. A febre dos sites de compras coletivas também contribuiu para a maior adesão do segmento empresarial às vendas pela Internet e o sucesso da atividade impulsiona empresários a partirem para o comércio eletrônico. Com restaurante recém-inaugurado na Capital, Ladmir Luiz Novaczyk decidiu participar de uma promoção em site de compras coletivas para divulgar sua empresa. Ele disponibilizou 1 mil cupons, que em menos de 12 horas foram esgotados e mais 500 foram vendidos em seguida. Para Ladmir Luiz, a experiência foi muito proveitosa, uma vez que os clientes da promoção acabaram retornando ao restaurante. Além do site, o empresário também é adepto das redes sociais como forma de alcançar os clientes. Em sua página de relacionamento, ele divulga promoções para quem estiver on line e consegue levar mais pessoas para a empresa. “Vendas pela Internet dão certo quando o produto é de qualidade e o cliente vai comprar, gostar e retornar para o estabelecimento. Com bons produtos é possível ampliar a rede consumidora de seus produtos e a venda”. O sucesso foi tanto, que agora Ladmir Luiz está elaborando um site próprio para o restaurante onde será possível conhecer o restaurante, fazer reservas e participar de promoções. Sócio-fundador do site de compras coletivas Peixe Urbano, Emerson Andrade a?rma que as micro e pequenas empresas têm na Internet um meio único para atingir o maior número de pessoas possível e de forma barata e direta. Segundo ele, com a venda de cupons, por exemplo, é possível atingir uma gama enorme de usuários que, mesmo que não comprem o produto, passarão a conhecê-lo. “Os benefícios para os pequenos são enormes. Eles podem vender, divulgar e ‘fidelizar’ o público por meio do e-commerce. Para o garantir o sucesso, Emerson Andrade reforça que o serviço de pós-venda também se toma essencial para acompanhar a reação do cliente e medir o grau de satisfação do mesmo. Foi nas redes sociais que a estilista Jane Klitzke ganhou o Brasil com seus uniformes para futebol americano. Ela confeccionou o uniforme do time de futebol cuiabano Arsenal e, com a propaganda dos jogadores e a presença em sites de relacionamento, ela já chegou em todas as regiões do País, com vendas para Brasília, Belo Horizonte, cidades nordestinas, do sul e do sudeste do País. Jane conta que divulga as fotos dos seus produtos em comunidades e fóruns de relacionamento e, com o repasse de um usuário para o outro, atinge milhares de pessoas. Para Jane, a Internet é fundamental visto que seus negócios são feitos exclusivamente on line. Para o vice-presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio), Roberto Peron, a rede deixou de ser tendência para se tomar essencial aos empresários. “Mesmo que não realize vendas pela internet, pelo menos para apresentar os serviços e produtos é preciso estar na rede”. Ele conta que para o comércio, por exemplo, o e-commerce é seguro e que ainda são os consumidores que podem ter mais problemas nestes negócios. Para a analista de mercado Priscila Dantas, do EPratico, afirma que as micro e pequenas empresas podem atingir nichos específicos de mercado se utilizando do e-commerce. O superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Nelson Soares, explica dimensão deste setor ao mostrar que em 2008 foram gastos R$ 8,2 bilhões em compras on-line. “No ano passado, a soma final é de RS R$ 14,8 bilhões em vendas, ou seja, um terço de todas as transações entre varejo e consumidores feitas no Brasil”. Fonte: A Gazeta (Cuiabá)