Com investimento a partir de R$ 20 mil é possível se tornar um empreendedor digital O comércio eletrônico registrou faturamento de R$ 8,4 bilhões nos primeiros seis meses do ano, segundo dados da 24’* edição do relatório WebShoppers, realizado pela e-bit, empresa da área de comércio eletrônico. E a previsão é de que as vendas neste semestre mantenham o ritmo de crescimento, com expectativa de faturamento de R$ 18,7 bilhões. Um cenário que se revela tão promissor desperta o interes se de muita gente que sonha em se tomar dono do próprio negócio E é possível ter uma loja virtual com investimento a partir de R$ 20 mil, segundo Maurício Salvador, sócio-diretor da Ecommerce School. Mas antes de se empolgar e sair correndo para abrir uma loja, o empreendedor tem de observar algumas regras importantes. Uma empresa, seja ela virtual ou não, requer um planejamento detalhado. “A decisão deve estar embasada no conhecimento. É preciso pesquisar antes o segmento para o qual se quer entrar”, explica o consultor do Sebrae, Renato Fonseca. Conversar com empreendedores da mesma área, tanto com aqueles que deram certo quanto com os que se deram mal, é a forma ideal para coletar informações. Salvador reforça a dica e diz que o primeiro passo é elaborar um plano de negócio. “É preciso definir o produto que será vendido, o público e saber quem são seus concorrentes. Também é necessário considerar os gastos para abertura do negócio e aqueles fixos e variáveis mensais”. Do planejamento também devem constar previsão de vendas baseada no que o empreendedor tem para investir, inclusive seu tempo, e gastos com divulgação. “O empreendedor deve definir uma meta para correr atrás.” Outro ponto importante para quem pretende se dedicar ao comércio virtual é a escolha da plataforma e-commerce, que oferece todos os recursos para a loja virtual. Salvador diz que a escolha da plataforma é fundamental, pois ela está relacionada à funcionalidade do site. “Existem plataformas gratuitas e outras que custam até R$50 mil por mês.” O futuro empreendedor deve observar o grau de disponibilidade do site e o suporte técnico. Todos os detalhes devem ser levados em conta, inclusive a taxa de conversão, que mede quantas das visitas geradas se transformaram em negócio. Agora é hora de partir para o conteúdo. Imagens diferenciadas e informações detalhadas dos produtos seduzem o visitante e influenciam na compra. “Deve se estabelecer formas de conversar com os clientes e oferecer informações que vão além produto”, ensina Fonseca ao citar como exemplo uma loja de tênis, que pode divulgar um calendário de atividades esportivas para agregar informações ao item. Contratar fornecedores de soluções anti-fraude também está entre os pontos-chave do negócio. Por Regina Abrão Fonte: O Estado de S.Paulo (21.08)