Analista americana Zia Wigder, da Forrester Research
O Comitê de Varejo Online da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) recebeu nesta quarta-feira (24.08) a analista da consultoria americana Forrester Research, Zia Wigder, para uma palestra sobre as cinco variáveis importantes para o sucesso de uma loja online. O encontro aconteceu no escritório da Almeida Advogados, em São Paulo, e reuniu associados da entidade. A especialista em e-commerce, que veio ao Brasil para visitar clientes, apresentou as projeções da Forrester Research aos associados da camara-e.net e discursou sobre a importância da organização dos recursos humanos da loja online, da operação multicanal e de como as empresas estão aproveitando o uso dos novos canais de mídia, como as redes sociais, além de abordar o foco no m-commerce (sigla de mobile commerce, como smartphones e tablets) e o uso do canal e-commerce por fabricantes para venda direta ou em parceria com varejistas. Devido ao constante crescimento do comércio eletrônico brasileiro e aos exemplos de sucessos dos varejistas online do País, o Brasil desperta interesse lá fora. Dos clientes da consultoria Forrester Research, segundo Zia, que perguntam sobre o e-commerce na América Latina, 95% mostram interesse em saber sobre o Brasil, que ocupa a 7ª posição no ranking mundial de faturamento do comércio online, devendo faturar, este ano, US$ 9,8 bilhões (projeção da Forrester Research), crescimento de 24% em relação a 2010. No ranking, o Brasil é precedido por Estados Unidos, China, Japão, Reino Unido, Alemanha e França. Zia também discutiu com os presentes vários aspectos relevantes ao comercio eletrônico, como temas legais e o potencial do mercado. Segundo ela, o comercio eletrônico tem condição de absorver até 25% de todas as vendas de varejo nos próximos 10 anos. Hoje, 7,8% do faturamento do varejo norte americano é feito através do comercio eletrônico. Esse interesse das empresas internacionais no mercado brasileiro é comprovado com um dos resultados da 24ª Edição do Webshoppers, pesquisa realizada pela e-bit, com o apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, que aponta que no primeiro semestre deste ano, 4 milhões de consumidores compraram pela primeira vez pelo e-commerce no Brasil.
Fatores que levam ao sucesso O e-commerce evolui a cada dia e, mais do que sobreviver no ambiente online, os lojistas precisam se destacar. Compreender alguns fatores ajuda a desenvolver o negócio e converter o internauta em consumidor. Para Zia, este é um dos maiores desafios do setor mundial. A analista chama a atenção para a operação multicanal, que, se bem feita, consegue atender o cliente e converter em venda o acesso, independentemente de qual tenha sido a fonte de contato do cliente, se por um aparelho móvel, pelo site da empresa, pelas mídias sociais ou mesmo na loja física. “Não é só ir para a internet, é uma relação simbiótica e cada vez mais será assim”, analisa Zia. Na avaliação da especialista, a rede social é “um enorme fenômeno”, porém ela orienta os empreendedores virtuais a não criarem expectativas exacerbadas em torno deste canal. É importante criar estratégias de interação com o consumidor e oferecer oportunidades para os próprios clientes avaliarem o produto, o que pode ser feito dentro do próprio site da empresa, como um fórum de discussão sobre determinada produto. “Apenas 7% dos varejistas americanos afirmam que as redes sociais são suas prioridades.” As redes sociais, como os demais canais, precisam caminhar junto com a estratégia de promoção e consolidação da marca. Assim, se valer de um catálogo, por exemplo, para divulgar os produtos e oferecer ao usuário o maior número de informações relevantes possíveis pode render venda na loja virtual ou no m-commerce, além de promover a marca. A pesquisa da Forrester aponta que a tendência dos fabricantes de venda on-line direto abre novas oportunidades para fabricantes e varejistas de fidelizar o cliente sem entrar numa concorrência bruta.
Profissionalização – Além do desafio de integrar os canais da empresa, Zia Wigder comentou sobre a especialização dos profissionais de e-commerce e a importância de alinhar os profissionais que integram a operação às tecnologias, técnicas de análise e gerência de projeto. A palestra da analista americana sinalizou, para os associados da camara-e.net, a necessidade de entender se a companhia está preparada para o mercado multicanal; de desenvolver plataformas relevantes para o seu público específico e de valorizar o potencial do tablet nas vendas. Fonte: Assessoria de Comunicação da camara-e.net
