Objetivo é oferecer infraestrutura para as dez maiores operadoras de telecomunicação do País O grupo japonês NTT é um gigante da área de telecomunicações, com receita global de R$ 220 bilhões ao ano, mas com atuação ainda tímida no Brasil. Presente no País desde 1987, a NTT Communications, que faz parte do grupo NTT, até hoje amava apenas na oferta de serviços como, por exemplo, gerenciamento de TI e segurança da informação, com mais de 100 clientes. Agora, pela primeira vez, a companhia quer se aproximar das operadoras locais, e está investindo inicialmente cerca de R$ 6,7 milhões em um ponto de presença (Point of Presence – Pop) em São Paulo, ou seja, uma rede à qual os fornecedores de Internet devem estar ligados para permitir que o serviço chegue ao cliente. Esta é a primeira vez que a NTT do Brasil se aproxima das empresas de telecomunicações e o objetivo é ter como clientes as dez maiores provedoras de acesso à internet do País. Com isso, a meta é aumentar entre 5% e 10% a receita local anualmente a partir de 2012, de acordo com Yukio Adachi, que comanda dos Estados Unidos a operação brasileira. Hoje, a empresa conta com 30 funcionários em São Paulo. Adachi afirma que o que atraiu a empresa a investir em infraestrutura para provedores de Internet no Brasil é o crescimento do acesso à web no País. O número de conexões em banda larga, por exemplo, ultrapassou 45,7 milhões em julho, o que significa crescimento de 56,72% em relação ao mesmo período de 2010, de acordo com balanço elaborado pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). Desde o início do ano, 11,2 milhões de novas conexões foram ativadas, e os números chamam a atenção da companhia japonesa. “O Programa Nacional de Banda Larga e o crescimento do uso de smartphones no Brasil são alguns dos motivos que nos levaram a expandir a atuação no País”, diz Adachi. As vendas de celulares inteligentes tiveram crescimento de 165% no primeiro trimestre deste ano comparado aos primeiros seis meses do ano passado, segundo a Nielsen. Mesmo com este crescimento, os smartphones representam 5,8% dos celulares vendidos no País no período, mas a NTT aposta no crescimento do percentual, que levará as operadoras de telecomunicações a investir mais em serviços de infraestrutura como o oferecido pela japonesa. Fonte: Brasil Econômico (12/9/2011, p. 24)