Um pool de empresas de e-commerce participa do E-merging markets que começou nesta terça-feira, 29, em São Paulo. Mais de 100 especialistas e pessoas de mais de oito países são esperados no evento.
Em coletiva, o presidente do Instituto Latino-americano de Comércio Eletrônico, Marcos Pueyrredon, enfatizou que falta ao usuário final uma oferta de experiências positivas. ” Uma experiência negativa afeta todo o ecossistema”, disse. Essa indústria, com características essencialmente universais tem como base o câmbio. Sancini lembrou que falta mão-de-obra especializada na área.
Dados apresentados por Pueyrredon mostram que de todo o volume de negócios transacionados na internet (US$ 35 bilhões), 60% acontece no Brasil. “Temos que incorporar o resto do países”, disse. Dos compradores pela web no mundo, 200 bilhões, 30% estão na América Latina (AL). Das vendas feitas pela internet, 50% impactam nos canais tradicionais. O consumidor maduro irá utilizar todos os canais, antecipou o presidente do Instituto Latino-americano.
Para fazer com que o Brasil desenvolvesse pesquisas de ponta como as que são feitas nos Estados Unidos (Vale do Silício) e China, as universidades poderiam entrar com a formação em locais próximos aos pólos das empresas. Nos EUA, Standford é a universidade mais próxima, e em Beijing é a Tsinghua University.
Um dos cases de sucesso que está sendo apresentado no evento é o do site australiano Freelancer.com, onde é possível postar um projeto, comparar preços, estabelecer um custo e fazer o pagamento ao realizador. Em todo o mundo são 3 milhões de usuários
e 10 milhões de pagantes, relatou Matt Banie, CEO do Freelancer.
No entanto, em todo mundo de 7 bilhões de pessoas, apenas 2 bilhões têm acesso à web. Banie estimou que daqui a cinco anos, mais pessoas estarão conectadas na China do que toda a população dos Estados Unidos.
A economia digital é setor transversal que abrange várias áreas da atividade econômica, lembrou Ludovino Lopes, presidente da camara-e.net. ” O Brasil vive momento ímpar na economia digital”, enfatizou. Para minimizar os impactos no meio ambiente, está sendo criado o Comitê de Sustentabilidade Digital, anunciou. A Câmara e a evolução do comércio eletrônico estão completando 10 anos. A logística em um país como o Brasil é um desafio, segundo Ludovino.
Outra ação da camara-e.net, é a criação de códigos de conduta e boas práticas.
Nesse universo, as “pequenas e médias empresas merecem atenção especial”. De acordo com Ludovino, agir em conjunto com PME ajuda os pequenos e médio a se estruturar. Com outras câmaras e mercados, o momento é de fortalecimento nas relações institucionais, afirmou. Novas experiências e modelos de negócios estão sendo compartilhados dentro do conceito de cross border.
Outra novidade anunciada foi do Ibope, que desenvolve um produto para estabelecer elementos comparativos de categorização. Com essa nova solução podem ser conhecidos os valores de conversão, perfil de quem navega e quando as pessoas começam a comprar.
“Esse conceito é importante para o mercado brasileiro e toda a América Latina”, explicou Alexandre Crivellaro, diretor de Inovação do Ibope Media. Esse produto pode ser exportado para 13 países, onde o instituto opera.
O produto, de acordo com Crivellaro, tem vários diferenciais na comparação com o Google Analytics como o que é feito antes e depois da compra pelo consumidor, além de ser possível conhecer o sexo e o perfil de quem está comprando. Com essa solução, o Ibope consegue classificar 25 lojas, entre 500 mil e 1 milhão de pessoas nas 12 maiores cidades do Brasil. “A ideia depois é coletar o Brasil inteiro”, antecipou.
Fonte: Executivos Financeiros