Com anúncio recente da criação de um fundo de US$10 milhões, destinado ao investimento em start-ups, o Mercado Livre pretende acelerar o processo de “democratização do comércio eletrônico”. Essa é a definição de Helisson Lemos, diretor do Mercado Livre no Brasil, empresa que também nasceu como uma start-up, há 15 anos. Segundo Lemos, o valor é destinado à promoção de ideias inovadoras e irá privilegiar projetos que se encontram em etapa inicial, mas que demonstram perspectivas de crescimento. “Não é a primeira vez que a gente desenvolve esse tipo de ação, mas é a primeira vez que ela envolve investimentos”. Entre as atividades já realizadas para a promoção de projetos, a empresa já organizou dois “hackathons” (maratona que incentiva a criação de projetos digitais), um em São Paulo e outro em Buenos Aires, e também promove conferências de desenvolvimento. “Definimos isso [investimento em novas empresas] em outubro do ano passado, na semana em que abrirmos a plataforma onde os programadores têm acesso à nossas API´S [conjunto de padrões estabelecidos por um software]”. O primeiro passo será a escolha de projetos que façam uso não só correto, mas inteligente das API´S do Mercado Livre. “A premissa básica e o primeiro filtro é que programadores acessem nosso portal, estudem nossa API´S, desenvolvam soluções e melhorem ferramentas que já existem”. Lemos explica que a preferência será dada a programadores que já atuam e conhecem o ecossistema do Mercado Livre. “Não queremos receber projetos ou apresentações por e-mail, nosso objetivo é investir em quem já contribui conosco”. Na terceira fase, se a pessoa dominar bem as API´S e fizer uso inteligente delas, a empresa vai contribuir tecnicamente e financeiramente para a criação da start-up. “A gente já entende de comercio eletrônico, da demanda e das dificuldades, com isso, vamos ajudar as novas empresas a unirem técnica e conhecimento sobre a plataforma”. Segundo Lemos, não existe valor máximo nem mínimo para investir nos projetos. “Pretendemos seguir na linha de investimentos entre 50 mil e 100 mil dólares, feito de uma maneira muito simples: emprestar dinheiro a essas start-ups, até que ela se dê corpo a sua operação e consiga um investidor”. A empresa não definiu um prazo para a concretização dos projetos e destaca que ele tem data para começar, mas não para terminar. “Nosso relacionamento é super aberto com os programadores e queremos melhora ainda mais essa relação”. Os interessados em participar devem entrar em contato com o Mercado Livre pelo developers.mercadolivre.com Fonte: Isto É Dinheiro