Vendas pela internet têm baixo custo, em comparação às lojas físicas O novo comportamento do consumidor em não querer mais sair de casa tem feito as empresas se voltarem ao mercado online. Apesar de não ser possível mensurar a adesão, já que o e-commerce é uma abordagem e não uma atividade, a movimentação na internet é notória, principalmente no que diz respeito aos grupos menores. Quem abre um estabelecimento, seja de qualquer tipo, logo procura um espaço virtual que tem baixo custo se comparado à loja física. Às vezes, o site é institucional. Mas o que todo mundo quer é continuar comprando. Por isso, a dica é apostar de cara no comércio eletrônico. “É um ambiente que não pode ser deixado de lado. É preciso estar conectado, respeitando a estratégia de negócios, porque é uma forma de criar relacionamento com os clientes”, aponta a gestora de Projetos do Sebrae, Conceição Moraes. Ela lembra que a otimização do tempo é uma tendência mundial. Outro dia, um comerciante relatou à reportagem o interesse de uma consumidora que queria comprar pela internet mesmo morando a uma quadra da loja. “Se a pessoa conhece a marca, sente que não precisa provar o produto. Pode escolher no catálogo e fazer a compra à distância”, completa a especialista. A recém-nascida MXA Sports, do ramo de vestuário e artigos esportivos, não titubeou. Há quatro meses com um escritório montado no Estado, empresa aguarda a conclusão do layout do site para iniciar as vendas. Enquanto isso, foca na divulgação da marca. À frente de orientações sobre o assunto no Sebrae, Conceição Moraes conta que quem possui mais tempo de estrada é mais receoso com a modalidade. “O diálogo ?ui melhor com os empreendedores mais jovens, que têm mais entendimento e facilidade com a ferramenta. As pessoas com certa maturidade enxergam o potencial, mas ainda não criaram familiaridade junto ao assunto”, comenta. O Sebrae oferece oficinas sobre o tema, em que trata da concepção do negócio, de público-alvo e do uso das soluções on-line. Perfis informais são mais fortes na rede Em um tempo em que tanto se fala na formalização dos comerciantes, a internet escancara, de forma eficaz, o oposto. Perfis profissionais de vendas ou apenas de divulgação dos trabalhos tomam conta do mercado online, o que é considerado, sim, comércio informal, mas sem todos aqueles “infortúnios” com os quais nos deparamos nas ruas. “Mesmo quem trabalhava só dessa forma, geralmente em redes sociais, está se legalizando como empreendedor individual. É uma modalidade mais factível para começar o próprio negócio e sem grandes custos tributários”, diz a gestora de Projetos do Sebrae, Conceição Moraes. Foi assim que o fotógrafo Daniel Siqueira resolveu trocar, há dois meses, o blog pelo site profissional, a procura pelos serviços aumentou. A ferramenta trouxe ainda a facilidade do contato para quem quer obter um orçamento rápido. “Precisei me formalizar porque algumas empresas exigem nota fiscal, além de outras vantagens. O site dá mais credibilidade. É como se fosse urna sala de visita”, afirma. Saltar de uma modalidade para outra na internet é natural e, de fato, indica avanços profissionais. “Conheço muitas pessoas que trabalham em consultoria de moda e que começam com blog, dando dicas e apresentando seus serviços. Depende da dinâmica. Outros tem uma atividade em que é preferencial ofertar um catálogo virtual”, observa Conceição. Por Augusto Leite Fonte: Folha de Pernambuco – Recife (13.06)