Cinco jornalistas de categorias diferentes receberam homenagens e prêmio de R$ 42 mil no 4º Prêmio MIS de Jornalismo, promovido pelo Movimento Internet Segura, da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), na manhã desta quinta-feira (09.06), na sede da Microsoft, em São Paulo. A 4ª edição do Prêmio MIS de Jornalismo recebeu 50 inscrições de 24 veículos de comunicação diferentes, e foi marcada pela qualidade editorial. “O Prêmio MIS de Jornalismo tem por objetivo valorizar, reconhecer e validar competências na área de mídias ao propagar matérias que abordam a segurança no uso da internet, tanto no que diz respeito às pessoas que fazem compras e pagamento na internet quanto na pauta da proteção da infância e adolescência”, explicou Gastão Mattos, consultor e facilitador do Movimento Internet Segura. As 14 melhores reportagens foram escolhidas por uma comissão julgadora composta por jornalistas e membros das empresas que fazem parte do Movimento Internet Segura, e as cinco vencedoras foram premiadas com R$ 8.400 em vales-compra, que poderão ser gastos nas 20 lojas associadas da camara-e.net e que patrocinam o evento. Na avaliação da coordenadora do Comitê Movimento Internet Segura, Lucimara Desidera (Microsoft) a 4ª edição do Prêmio MIS de Jornalismo foi marcada pela qualidade editorial e variedade dos veículos participantes. Na categoria “Impressa”, o vencedor foi o jornalista Felipe Van Deursen com a reportagem “Caímos nos golpes da internet”, publicada na Revista Superinteressante. Durante quatro meses, o repórter Van Deursen, sob o disfarce de um personagem, respondeu a todos os emails maliciosos que chegaram na sua caixa de entrada prometendo ao usuário enriquecimento fácil ou implorando ajuda. De cerca de 80 e-mails que o jornalista respondeu, cinco deram retorno e três renderam as histórias que estão na reportagem. Segundo ele, nenhum dos golpistas suspeitou que estava sendo enganado. Para os leitores e internautas, fica o alerta sobre os riscos de se acreditar em tudo que se lê na internet. “Nosso objetivo foi de mostrar como esses golpes acontecem. A percepção que tive é de que as pessoas ainda caem muito nos golpes e precisam de muita orientação no uso da internet”, disse. Sobre a premiação, o jornalista disse ter sido uma surpresa e ficou contente com o reconhecimento. “Foi surpresa ser escolhido como vencedor. Gostaria de parabenizar a equipe organizadora do Prêmio, que mostrou ser um Movimento importante com empresas sérias apoiando.” Na categoria “especializada”, o jornalista vencedor foi Vitor Cavalcanti com a reportagem “Os 10 dilemas da segurança da informação”, publicada na Revista Informationweek. A reportagem reúne informações e análises para compreensão dos dilemas mais comuns enfrentados por empresas brasileiras. “A novidade da reportagem foi o mapeamento dos desafios das empresas brasileiras sob a visão do mercado e dos analistas e perceber que temas como redes sociais, cloud computing [computação em nuvem] e capacitação dos funcionários estão entre eles”, contou Cavalcanti, que já havia sido finalista por três vezes em outros concursos. “É a primeira vez que fui vencedor na categoria de tecnologia. Fiquei muito feliz”, declarou. Na categoria “Internet”, as vencedoras foram as comunicadoras Ana Paula Pedrosa e Queila Ariadne com a matéria “A pressa é inimiga da segurança”, veiculada no jornal online “O Tempo”, da cidade de Contagem (MG). A reportagem mostra como o internauta deve se proteger no ambiente de compras online e aborda especificamente a insegurança nas compras coletivas, que, época em que a matéria foi publicada, o segmento estava completando um ano no Brasil. “O mercado de compras coletivas é muito novo. Enquanto as regras de segurança antes eram para que o consumidor duvidasse de descontos mirabolantes e em empresas novas no mercado, hoje percebemos que os sites de compras coletivas trabalhando justamente o contrário. Eles são feitos por empresas que estão chegando no mercado, utilizam-se de e-mails e oferecem descontos mirabolantes”, compara. As jornalistas exploraram os recursos do site disponibilizando o conteúdo em vídeos, áudios e testes interativos. A reportagem“A deficiência no combate aos crimes cibernéticos”, da jornalista Adriana Krauss, foi a vencedora da “categoria TV”, veiculada na RBS, filial da Rede Globo em Santa Catarina. A matéria mostra como o estado catarinense combate os crimes cometidos pela internet e aponta as dificuldades das autoridades em apurar e prender os criminosos, sobretudo pela falta de legislação. “A reportagem foi uma cobrança sobre o que precisa melhorar na apuração dos crimes e também o que precisa mudar na legislação, pois alguns crimes cibernéticos nem estão previstos em lei”, conta. “Já fui finalista em outro concurso, mas esta é a primeira vez que ganho, por isso estou muito feliz”, conta a jornalista que tem 15 anos de profissão, dos quais 10 são na emissora. Na categoria “Rádio”, o prêmio foi para a reportagem “Crimes em rede”, do jornalista Everson Teixeira, veiculada na Rádio Jornal Recife. A reportagem mostra os principais crimes cometidos no mundo virtual, e mostra iniciativas de escolas que realizam oficinas para crianças, adolescentes e suas famílias para que fiquem alertas durante a navegação na internet. “Qualquer criança pode ser vítima de crimes na internet, por exemplo, a pedofilia, e nós queríamos mostrar de que forma as pessoas podem se precaver”, explicou o vencedor do concurso, que, na reportagem, entrevistou um menor de idade vítima de pedofilia. Formado há dois anos, Teixeira ficou surpreso com a conquista do prêmio nacional. “Quando soubemos da nossa classificação no Prêmio MIS, foi um frenesi na redação do Jornal, pois é uma vitória de toda a equipe”, conta. Fonte: Assessoria de Comunicação da camara-e.net