Previsão é de que o comércio eletrônico cresça 25% em relação a 2012, impulsionado pelo aumento dos smartphones e tablets De acordo com projeção da Internet Retailer, o comércio móvel nos Estados Unidos deve movimentar um montante de US$ 20,85 bilhões em 2012, representando um acréscimo de 98,6% em relação ao mesmo período de 2011. Esse valor representa 9,2% do e-commerce do país, sendo que no ano anterior o m-commerce representava apenas 5,4% das vendas on-line. Parte desse aumento expressivo no m-commerce, segundo Thiago Sarraf, Diretor de E-commerce da Agência Enken, é a disseminação do canal de vendas e o aculturamento dos compradores on-line. “Outro fato importante que contribui para essa evolução é a quantidade de varejistas utilizando cada vez mais o canal”. Sarraf comenta que no Shop.Org – maior evento de E-commerce do mundo, que aconteceu em Denver no ano passado – falou-se muito desse canal de vendas e, na ocasião, um dos maiores lojistas de brinquedos dos EUA – Toys R Us – afirmou que só por meio de tablets tinham 14% de representação em vendas. Além disso, relatou que o ticket médio de compra dessa origem de vendas chegava a ser o dobro comparado ao ticket médio dos computadores tradicionais. A chegada de novos dispositivos móveis e mais acessíveis, como os tablets e os smartphones, e o fato de grandes players norte-americanos investirem pesado em dispositivos próprios, como a Amazon – o que proporciona uma confiabilidade na compra mobile –, são alguns fatores apontados por Leonardo Bortoletto, Diretor-Presidente da Web Consult e especialista em inteligência digital, como novidades fundamentais para o crescimento expressivo nos EUA comparado ao Brasil. Outro fator que justifica o crescimento no país norte-americano que ainda não está disponível aqui é a internet acessível a todos, com a rede 4G espalhada por todo o país. Esse investimento é imprescindível para o mobile. No Brasil, o comércio móvel ainda está ganhando espaço no mercado. Segundo a e-bit, o canal faturou, no primeiro semestre de 2012, R$ 132 milhões, representando um pouco mais de 1% de todo o e-commerce nacional. Dados da camara-e.net informam que a participação do m-commerce no varejo on-line saltou de 5% em 2011 para 10% em 2012. Brasil: m-commerce em 2013 Os aparelhos celulares já deixaram de ser apenas uma forma de comunicação e hoje em dia são plataformas de entretenimento e consumo. Para Bortoletto, as projeções para esse ano são as melhores possíveis, visto que o comércio eletrônico tem crescido acima de 20% há alguns anos e o m-commerce tem dobrado seu crescimento ano após ano. “Em 2013 as previsões são de que o comércio eletrônico cresça 25% em relação ao ano de 2012. Isto é impulsionado pelo aumento dos smartphones e tablets. Essa tendência influenciará diretamente no crescimento do m-commerce aos patamares de 2011 e 2012”, afirma. Sarraf também acredita em um crescimento significativo neste ano. “Com a disseminação do canal e cada vez mais lojistas acreditando e realizando um bom trabalho no m-commerce, haverá um grande incremento na participação e no volume de vendas”. O e-bit estima um faturamento de R$ 2 bilhões só através do m-commerce. As expectativas para o setor na visão do especialista em inteligência digital são “o maior acesso aos dispositivos móveis; mais opções e menor custo; incentivos do governo aos players nacionais para fabricação de smartphones e tablets nacionais; melhoria da rede de conexão 3G; entrada da rede 4G; e mais mobilidade fornecida pelas empresas que estão enxergando a importância do mobile”. A Copa das Confederações vai abrir uma janela imensa para o país e, devido ao custo menor de administração e à maior abrangência de comunicação, o mobile será um dos grandes canais para comunicação com esse público. O Diretor de E-commerce da Agência Enken acredita que, como em todo evento, as marcas deverão pensar em integrar ações off-line com on-line, “desenvolvendo ações que engajem os consumidores a realizarem compras assistindo a jogos ou em quaisquer outros momentos oportunos”. Sucesso no m-commerce no Brasil: Na opinião de Bortoletto, o m-commerce ainda precisa de muito trabalho para ser um sucesso no país e é importante ressaltar que: 1. O serviço oferecido pelas app stores e pelas operadoras ainda não é satisfatório; 2. Há falta de comunicação dessa nova possibilidade de compra por parte das lojas; 3. O número de smartphones conectados à internet no Brasil ainda é baixo, se comparado aos números de computadores; 4. Somente 14% da população brasileira possui smartphones, segundo estudo recente do Ipsos Media CT e apoiado pelo Google. Fonte: Promo Insights