Até onde vale investir numa plataforma de vendas na Internet? Quem é micro ou pequeno empresário possivelmente enfrenta este dilema quando o assunto é fortalecer o negócio. Para alguns, a definição até assusta e o termo e-commerce parece um bicho de sete cabeças. Chame de comércio eletrônico ou compras virtuais. Dá no mesmo, se você não investir vai ser engolido pelos concorrentes. Cada vez mais, as micros e pequenas empresas utilizam o recurso do e-commerce para abocanhar clientes, vender produtos e elevar faturamentos. O processo é inevitável, ainda mais quando 94% dos internautas brasileiros compram na web, segundo pesquisa do Instituto Ibope Mídia. Deste total, 61% são de clientes das classes A e B. Um oásis cibernético com gente pronta para as compras online. Guilherme Silveira, 26, pode responder à pergunta que abre este texto. Com RS 10 mil, dinheiro do FGTS no trabalho em uma locadora com o pai, ele abriu uma empresa de artigos para presente de vários gêneros. Tudo virtual. Em pouco mais de um ano transformou a Kinkyland numa potência. O nome, assim como os produtos, é bastante original. Os números, por si só, refletem o sucesso do negócio. “São cerca de 5 mil clientes cadastrados no site em todo o Brasil, principalmente de São Paulo. Os fornecedores estão espalhados em 15 países e a seleção de produtos é a grande vantagem”, explica. Fórmula do bom desempenho? “Fugi do convencional e parti para um setor que tem poucas lojas no País. O e-commerce tem muito a ser explorado”, atesta. Guilherme tem razão. De acordo com Conceição Moraes, gestora de orientação empresarial do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Pernambuco (Sebrae-PE), a janela de oportunidade para as MPEs na web é imensa. Em tempos de mídias sociais, então, nada mal investir numa plataforma virtual para brigar de igual para igual num mercado extremamente competitivo. “É um caminho sem volta e uma tendência no setor das MPEs. Em Pernambuco, há um nicho interessante a ser explorado. As redes sociais são o novo formato de propaganda boca a boca e têm propagação imediata”, avalia Conceição. No caso de Guilherme, o perfil da empresa no Twitter tem 2,5 mil seguidores, sinônimo de lucro certo. “O mercado pede essa metodologia”. reforça Conceição Moraes. O sucesso do negócio requer planejamento sério como toda empresa. No e-commerce, você precisa ter diferenciais, como preços e prazos atraentes, domínio da logística virtual, conhecimento das mídias sociais e segurança eletrônica, além de versões mobile e outras plataformas. “Buscar algo inexplorado ou inexistente ajuda a se dar bem no comércio eletrônico”, pontua Guilherme. Fonte: Diário de Pernambuco (11/09/2011, p.B4)