
Gerson Rolim , da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP); Renato Martini, diretor-presidente do ITI; Ludovino Lopes , Presidente da camara-e.net; Leonardo Palhares, Presidente do comitê de tecnologia da FIA e Marcos Monteiro, diretor-presidente da Imprensa Oficial de São Paulo
Na última sexta-feira, 22, o presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Marcos Monteiro, assinou na Rio+20 um pacto de sustentabilidade com mais de 23 empresas que compõem o comitê de sustentabilidade da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico – camara-e.net. Ludovino Lopes, presidente da camara-e.net, falou do importante passo dado pelas empresas de economia digital que agora poderão demonstrar seu engajamento nas soluções de sustentabilidade e ressaltou a participação da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo no pacto: “Eles estão muito adiantados na desmaterialização dos processos e servem como exemplo de sucesso a ser seguido pelas demais autarquias de governo”. Monteiro, da Imprensa Oficial, explica que foi um desafio mudar uma empresa de mais de 120 anos, que sempre teve como foco a produção impressa e hoje caminha rumo à produção digital. “Somos a empresa certificadora oficial do Estado de São Paulo e passamos a emitir certificado digital , um instrumento que possibilita economia de tempo, de papel, de locomoção e outros benefícios que nos levam a um mundo sustentável. Firmamos um compromisso com a camara-e.net e desde novembro do ano passado estamos juntos para mudar o rumo da economia digital em nosso país.” Para o coordenador do Comitê de Sustentabilidade, João Paulo Foini, a participação na Rio+20 foi imprescindível para impulsionar o movimento da economia digital pela sustentabilidade. Montamos uma mesa de debates no último dia do evento com o tema “e-Sustentabilidade – Tecnologia e Lei a Serviço da Proteção Ambiental”. Precisamos incluir a sociedade no debate da economia digital. Com o pacto assinado, o Comitê de Sustentabilidade tem pela frente o desafio de desenvolver métricas capazes de mostrar os impactos positivos da economia digital no uso sustentável dos recursos naturais e na eficiência energética. As métricas vão servir também para avaliar o grau de desmaterialização dos processos e medir o quanto as empresas de economia digital estão efetivamente alcançando metas de desmaterialização. Lopes, da camara-e.net, acredita que se as empresas deixarem de imprimir contratos para que eles sejam assinados por meio de certificados digitais e deixarem de enviá-los por
motoboy, vários processos são desmaterializados, evitando impacto no trânsito e na natureza”, exemplifica. O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), autarquia vinculada à Casa Civil da Presidência da República, assumiu compromisso de financiar as ações necessárias ao desenvolvimento das métricas ao assinar acordo com a camara-e.net. Renato Martini, presidente do ITI, acredita que o Brasil vive hoje uma revolução milenar, pois o homem está habituado a se relacionar com o papel desde sua invenção e que o pacto de sustentabilidade entre as empresas de economia digital é um passo importante para desmaterializar o papel e diminuir o impacto ao meio ambiente. Segundo e le, aproximadamente 1 trilhão de folhas são usadas anualmente por setores do Governo Federal. As métricas que serão desenvolvidas servirão, entre outras coisas, para mostrar o quanto a empresa economizou de água e de energia ao desmaterializar os processos. Além da carta de intenções do pacto, foi selado um termo de cooperação entre a camara-e.net e a Fundação Interamericana de Advogados (FIA). As entidades pretendem criar um fórum privilegiado para a troca de conhecimento sobre economia digital sustentável e a legislação internacional que aborda o tema. “Este convênio é um laboratório de direito eletrônico e um dos objetivos é replicar esse conhecimento para outros países das Américas”, anunciou Leonardo Palhares, conselheiro e presidente do comitê de tecnologia da FIA. A desmaterialização dos processos e, como consequência, da economia; o incremento da utilização de documentos digitais; a eficiência energética por meio da redução do uso de combustíveis; o us o eficiente de insumos como papel e tinta; e a melhoria da mobilidade urbana são as principais metas do pacto. Fonte:
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