A facilidade de comprar com um clique parece clichê? Saiba quais são as inúmeras vantagens do e-commerce e os tipos de sites. Explicar o forte crescimento do comércio eletrônico no país não é fácil. Na lista de motivos, tem de tudo um pouco: popularização da internet, aumento do acesso ao crédito, melhora das condições financeiras, surgimento de novas lojas, influência das redes sociais, busca por comodidade, entre outros motivos. Uma conjuntura complexa que abriga também o histórico interesse de muitos brasileiros por descontos e promoções. Brasileiros como o estudante de administração Marcelo Advíncula, de 20 anos. Desde os 15, ele recorre à web para comprar, principalmente, produtos eletrônicos. Diz que, assim, consegue economizar, unindo o útil ao agradável. “Uso a internet por causa dos preços mais baixos. Sempre visito um site que oferece de tudo, desde eletrônicos até brinquedos, mas também o Mercado Livre, o Submarino e as páginas de compras coletivas”, conta o estudante. Achou muito? É só o começo. Nos últimos tempos, os consumidores ganharam uma série de opções no ambiente virtual. Só de empresas varejistas que utilizam a rede como canal de vendas já eram 4.818 em 2008, 3.513 a mais do que em 2003. Os dados são de um recente comunicado do lnstituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Dentre essas milhares de empresas, há muitas que fazem promoções exclusivas nas lojas virtuais. Podem ser descontos sobre preços regulares ou isenção da cobrança de frete. No fim das contas, não raramente, os produtos saem mais baratos do que se fossem adquiridos nas unidades físicas. O lado ruim é a impossibilidade de analisá-los pessoalmente, significativa para quem gosta de “ver para crer”. Difícil mesmo seria sair pesquisando de site em site o preço de certo produto. Seria. Nos últimos anos, surgiram páginas especializadas em comparar valores das mercadorias oferecidas pelas redes varejistas na internet. Entre elas estão o BuscaPé, o Twenga e o Jacotei. Enquanto uns comparam preços, outros apontam as ofertas rápidas de sites de redes varejistas, compras coletivas e clubes de compras, que oferecem descontos de até 90%. São os agregadores. “Neste mercado de compras por impulso, ele abre o leque de opções ao consumidor, que antes de decidir pode ver o que há de interessante, por local e categoria”. explica Guilherme Wroelawski, um dos idealizadores do SaveMe, uma das páginas do gênero. Outro canal para a economia através da internet é o chamado “leilão de centavos”. Nas páginas do gênero, os usuários compram lances por cerca de RS 1 e tentam arrematar os produtos – que custam poucos centavos, correndo contra o tempo e competindo com outros internautas. “Quem traça uma estratégia boa adquire a mercadoria por um valor bem abaixo do praticado no mercado”, explica o diretor do BomdeLance, Anderson Soares. O site, hoje, tem mais de 20 mil usuários cadastrados e leiloa, aproximadamente, 500 itens por mês. Saiba mais sobre os tipos de sites Lojas Virtuais Podem ser um braço das redes varejistas tradicionais ou um único cala de vendas de empresas virtuais. Muitas vezes, oferecem produtos por um preço mais baixo do que encontrados nas lojas físicas, ou com isenção do preço do frete. Exemplos: Americanas.com, Submarino e Saraiva. Compras coletivas Oferecem produtos com descontos de até 90% por tempo limitado. Para serem validadas, as ofertas precisam ser adquiridas por um número pré-determinado de consumidores. Os clientes recebem cupons com prazo de validade, para trocar pela mercadoria ou serviço. Exemplo: Peixe Urbano, Grouppon e Regateio. Clubes de compras Negociam produtos de marcas famosas com descontos que chegam a 70% do valor real. Em alguns desses sites, só é possível se cadastrar ao receber um convite de alguém que já está participando. Exemplos: Privalia, BrandsClub e Coquelux. Agregadores Reúnem as ofertas dos sites de compras coletivas e clubes de compras, separando-as por tipo ou localidade. O usuário tem uma visão geral do que está sendo oferecido, sem precisar pesquisar em cada uma daquelas páginas. Exemplos: Dsconto, SaveMe e ValeJunto. Leilão de centavos Vendem lances virtuais, para que os consumidores tentem arrematar diversos produtos. Eles correm contra uma contagem regressiva de segundos, que se renova a cada lance. Os itens oferecidos custam centavos. O usuário precisa bolar uma estratégia para ser o último a dar um lance e, assim, arrematar a mercadoria. Exemplos: Mukirana, BomdeLance e Olho no Click. Fonte: Diário de Pernambuco – Recife (13.06)