Meios de pagamentos digitais oferecem diferentes opções de compra, gerenciamento de riscos e até marketing gratuito. Escolha a melhor opção para a sua loja. Nos últimos dez anos, o faturamento do comércio eletrônico cresceu em média 40% ao ano. Em 2010, o segmento registrou 14,8 bilhões gastos por 23 milhões de e-consumidores. Se por um lado o negócio atrai os lojistas ao mundo virtual, por outro, escolher o melhor formato para as operações financeiras ainda confunde quem deseja apostar nessa área. Pesquisas indicam que 80% das compras na internet são pagas com cartão de crédito. Como nestas transações não há a presença do portador, optar pela solução mais segura e adequada é estratégico para as empresas. E já são várias opções no Brasil. Desde os facilitadores de pagamento, que cuidam de toda a intermediação financeira, aos gateways, que atuam na integração tecnológica entre loja e instituições bancárias. Segundo o coordenador do comitê de meios de pagamento da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), Ricardo Dortas, os lojistas precisam avaliar qual a melhor solução de acordo com a estratégia do seu negócio. Os facilitadores – ou intermediadores – reúnem formas de pagamento com cartão de crédito, débito online e boleto bancário em um único sistema. Inspirados no pioneiro PayPal, soluções como PagSeguro, Pagamento Digital, MoIP e Mercado Pago gerenciam tudo o que envolve a transação financeira. Consumidor e lojista não trocam informações diretamente e toda a operação é feita pelo facilitador, que recebe o pagamento e repassa na conta do vendedor 14 dias depois, descontando tarifa por transação e comissão, que ?ca entre 1,9% e 6,4%. O serviço oferece ainda gestão de risco integrada, antecipação de pagamento parcelado e integração com diversas plataformas de ecommerce. Outra característica dos intermediadores é o marketing associado à solução. No Pagamento Digital, o lojista ?gura com destaque no site de comparação de preços BuscaPé e segundo Marcelo Theodoro, diretor da empresa, a loja recebe até seis vezes mais ?uxo de navegação. “É um benefício participar do ecossistema Buscapé, que atinge até 60 milhões de acessos por mês e traz compradores em potencial para a loja”, explica. Foi este apelo que convenceu Hernando dos Santos, proprietário da Homeseg (http://www.homeseg.com.br), loja especializada em câmeras digitais, a utilizar o Pagamento Digital. Segundo Santos, as vendas cresceram mais do que o dobro depois que a solução foi adotada. “Figuramos no ambiente Buscapé, que aumentou em muito nossa visibilidade”, afirma. Para o proprietário da loja, a opção de terceirizar o pagamento trouxe outras vantagens, como maior segurança contra fraudes feitas com as ferramentas de gerenciamento de risco. Todo controle ao lojista Outra solução no meio de pagamentos é o gateway que provê a infraestrutura tecnológica para vendas pela internet. Na pratica, ele uniformiza a comunicação entre bancos e lojistas, mas é o estabelecimento quem domina o processo e o risco da venda. Nos gateways, o valor do pagamento entra direto na conta do lojista, que precisa firmar acordos comerciais com o banco e as administradoras de cartão de crédito, como Cielo, Redecard e Santander GetNet. Para isso, é necessário ser pessoa jurídica e as taxas e prazos de recebimento são variáveis de acordo com a negociação. O gerenciamento de risco da venda precisa ser feito diretamente pela loja, que pode também contratar ferramentas antifraude especializadas, como a ClearSale, por exemplo. BrasPag, Ipagare, CobreDireto são exemplos de gateways oferecidos no mercado, que atendam grandes varejistas, mas também pequenos e médios lojistas. A vantagem deste sistema é que o vendedor tem acesso a todas as informações de compra: as que foram processadas, as que deram problema e por quê. “Ter o controle do carrinho é essencial para melhorar o processo e aumentar a conversão no comércio eletrônico”, afirma Daniel Bento, CEO da Braspag. Para os especialistas, além do volume de vendas, tíquete médio e necessidade de liquidez, a estratégia do negócio é a variável mais importante para escolher a melhor opção de pagamento. Pode ser uma pequena loja que necessita de total controle das vendas e o gateway se firma como a solução adequada. Ou uma loja de grande porte que quer focar no produto vendido e não se preocupar com a operação financeira, optando pelos facilitadores. Por Alice Sosnowski Fonte: Jornal Impresso Diário do Comércio – SP