O PayPal adapta sua tecnologia para atender peculiaridades do mercado brasileiro. A companhia de meios de pagamento online nacionaliza sua ferramenta de acordo com o perfil de consumo e utilização de mecanismos de compras em varejos eletrônicos no cenário nacional. No horizonte surge a ambição de ver os negócios no Brasil saltarem da 12ª para a 5ª posição, dentre os mais representativos para a companhia até 2013.
Em meio as particularidades que exigiram esforço para tropicalização da plataforma encontra-se o fato de que 60% das compras com cartão de crédito no País são parceladas. Outra peculiaridade é o modelo de pagamento no débito. Há esforços ainda para viabilizar a utilização da tecnologia por consumidores que ainda não possuem cartões. Isso poderia acontecer por meio de um modelo pré-pago, já adotado nos mercados da Itália e Malásia.
O PayPal formalizou um escritório no País em 2010. Antes de operar no mercado local, já somava dois milhões de usuários brasileiros de sua tecnologia para realizar compras em varejos no exterior. Esse contingente movimentou a quantia de US$ 200 milhões, em 2009.
A base brasileira mira um cenário de grandes oportunidades. Um estudo interno mensura que existam cinco milhões de empresas de pequeno e médio porte no Brasil, sendo que um milhão possui algum tipo de presença online. Desse contingente “apenas” 200 mil atualmente fazem e-commerce de forma estruturada.
Parcerias em diversas frentes suportam a expansão local das operações. A meta é alcançar capilaridade. Dentre os processadores de cartões locais, a PayPal trabalha com Cielo e acaba de fechar uma aliança também com a Redecard. Na outra ponta, estão cerca de cinco mil estabelecimentos comerciais que utilizam a plataforma. Nesse grupo figuram Groupon e lojas de pequeno e médio portes que entram na carteira de clientes por meio de provedores de hospedagem e construção de lojas virtuais como Locaweb, Terra, FastCommerce e Ikeda.
Falta ainda fechar acordos com clientes-chave como, por exemplo, uma companhia de aérea ou uma grande rede varejista nacional. Segundo Mario Mello, presidente da PayPal no Brasil, essas empresas atualmente trabalham com gateways próprios de pagamento. O executivo, contudo, se mostra otimista e acredita que um primeiro contato com uma rede de lojas de grande porte ocorrerá em um intervalo de um mês.
Recentemente, a companhia firmou também parceria com a Vivo para compra de minutos via internet. A empresa também trabalha no desenvolvimento de uma solução para base de clientes com aparelhos GSM da operadora para pagamento através do celular. A previsão é lançar o produto no segundo trimestre de 2010.
Por: Felipe Dreher
Fonte: IT Mídia