A Internet revolucionou a forma de se chegar ao consumidor e ao mesmo tempo trouxe novos debates a um tema clássico da literatura jurídica: o direito à privacidade e a segurança. Os dados dos usuários e consumidores representam um valioso acervo para as organizações e para o comércio eletrônico. Durante o Futurecom 2011, no painel “A evolução da comunicação e a utilização de aplicações na internet”, coordenado por Demi Getschko, diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto br (NIC.br), com a participação do gerente de produtos MSN da Microsoft, Marcos Swarowsky, o diretor de desenvolvimento de mercado do Yahoo!, Renato Pelissaro e do presidente da Abranet, Eduardo Neger, o tema foi muito discutido principalmente em relação ao destino que levam as informações fornecidas pelos clientes na hora de um cadastro ou na hora de realizar uma compra online. Para Neger, a segurança na internet vai além de uma legislação para protegê-la, “também é necessário educação para os usuários, alguém que diga ‘olha não clique nessa caixa, na verdade isso é um vírus, você não ganhou nada’, pode parecer simples, mas acontece”. O presidente da Abranet também lembrou os esforços conjuntos dos provedores, empresas e governo para acabar com os casos de pedofilia na internet brasileira, e defende que a melhor forma de não colocar em risco os dados dos usuários é mais uma vez essas três frentes trabalharem juntas, o governo com uma legislação forte, os provedores com a educação, fornecendo as informações necessárias para que os usuários não caiam em golpes, e as empresas fornecendo a tecnologia para evitar falhas na segurança. Foi levantada a questão sobre a falha na segurança da rede da Sony, que no mês de maio desse ano permitiu que hackers roubassem facilmente as senhas dos usuários da PSN (Playstation Network), sobre o assunto Marcos Swarowsky afirmou que as pessoas tendem a confiar na segurança de empresas gigantes como a Sony, por isso foi algo inesperado e tomou grandes repercussões na mídia mundial. “A verdade é que em um futuro bem próximo, tanto empresas pequenas quanto grandes terão o mesmo nível de segurança, pois provavelmente suas aplicações estarão em nuvens” diz. Ricardo Pelissaro ressaltou que a segurança na internet brasileira tem que ser forte, levando em consideração que o Brasil é um dos líderes no uso de redes sociais com fins de negócio. “As pessoas devem estar preparadas para utilizar serviços online com segurança, até mesmo o imposto de renda, a partir do ano que vem, só poderá ser entregue pela internet”. Escrito por Ruan Segretti Fonte: IP News