Sites facilitam acesso à população a produtos mais baratos Na intemet é possivel pesquisa e comprar tudo. O comércio eletrônico vem se desenvolvendo e chegou também ao mercado de seguros. Ainda incipiente no Brasil, começam a despontar sites que oferecem serviços como corretoras online, com a proposta de facilitar o entendimento e baratear o acesso aos produtos. Em termos de negócios, os modelos brasileiros diferem entre si, mas todos se unem na perspectiva de popularizar o mercado securitário conquistando novos usuários. O CEO de Segurar.com, Oswaldo Romano Ir., compara a participação dos seguros entre as economias brasileira e norte- americana para argumentar o potencial dos sites. “Ho¡e, a indústria de seguros responde por cerca de 3,5% do PIB no Brasil, enquanto nos países desenvolvidos chega a 10%, então tem uma margem violenta para crescer”, diz o executivo. Idealizada há mais de um ano, a Segurar.com opera em projeto-piloto desde dezembro do ano passado, com a oferta de seguro-viagem. O ciclo de testes deve ser encerrado em janeiro, quando produtos de diversas outras modalidades devem entrar no ar, em parceria com as principais seguradoras do mercado. Uma das metas estabelecidas por Romano Jr. é levar um novo público – mais abrangente – para o mercado de seguros, pessoas com poder aquisitivo que ainda não tenham alinidade com o segmento. “O mercado hoje está muito acostumado com o seguro de carros, mas tem uma série de modalidades e ofertas: seguros temporários, residenciais, odontológicos e outros’ destaca. O modelo da Segurar.com é totalmente virtual. O cliente adqutre o produto da seguradora a sua escolha, paga e recebe tudo integralmente pela intemet. De acordo com o CEO da companhia, essa dinâmica pemtite uma redução nos custos que é repassada aos clientes. “Nos Estados Unidos, hoje, o seguro de carro online chega a ser 15% mais barato que o offline”, exemplifica. Apesar de o site se colocar no papel da corretora, sem a necessidade de um profissional para intermediar a operação, Romano Jr. Afirma que os corretores de seguros continuam tendo o seu nicho e que não devem ser prejudicados com a operação dos novos sites que operam no setor. A Smartia, por exemplo, complementa as atividades do site com o contato de pro?ssionais via telefone. A ideia dos administradores é não romper completamente a forma de contratação habitual para os consumidores. Assim, é apresentado um cálculo que aponta o melhor seguro para o perñl do internauta, também sinalizando as opções menos onerosas. O CEO do site, Rodrigo Caixeta, a?rma que o seguro ainda gera dúvidas em quem vai contratar, levando a empresa a só finalizar a venda com apoio de um corretor. “É um processo burocrático, ainda vemos a necessidade de uma pessoa para analisar, diz. “A figura do corretor é importante porque ele defende o cliente”, acrescenta. O atendimento por call center permite à Smartia ter maior controle sobre o preenchimento de dados dos clientes. Com a meta de atingir 2 milhões de visitas ao site em um período ainda não delimitado. Caixeta não descarta a possibilidade de virtualizar todo o processo de aquisição. “A venda online é um deseio e um objetivo, mas estamos trabalhando com call center e vamos fechar todos os problemas e corrigir entraves assim”, pontua o executivo. Hoie, as parcerias firmadas pela Smartia incluem a Bradesco Seguradora, HDI e Tokio Marine. Outras três companhias que estão sendo negociadas devem estar disponíveis para consulta e compra até o ?nal do ano. Com foco no seguro para automóveis e preparando as modalidades de saúde e residencial, a Smartia prefere andar com as próprias pernas, mesmo procurada por investidores que estão de olho no mercado brasileiro. “Andamos com capital próprio de alguns dos sócios, juntamos nosso capital, mas o assédio dos investidores é grande”, revela Caixeta. Fonte: Jornal do Comércio