Especialistas dizem que encarar a loja virtual como simples de administrar e fonte geradora de lucros fáceis é um dos equívocos mais comuns O comércio eletrônico é promissor, mas vender pela internet exige tanto cuidado e atenção quanto um negócio no formato tradicional. Este consenso entre especialistas do e-commerce deu o tom das palestras realizadas pela manhã do Ciclo MPE.net – Comércio Eletrônico para Micro e Pequena Empresa, realizado nesta terça-feira (31), no auditório da Bolsa de Valores, centro do Rio de Janeiro. Perfil desconhecido do visitante, distribuição dispersa, demanda incerta e esporádica são algumas das particulares do negócio pela internet. Encarar a loja virtual como simples de administrar e fonte geradora de lucros fáceis é um dos equívocos mais comuns, alertaram os palestrantes de diferentes empresas como Correios, Embratel, Pagseguro e Fastcommerce. O cliente deve ser apresentado a um ambiente virtual limpo e agradável, sem cores fortes que possam cansar a vista, com fotos padronizadas dos produtos e descrição correta do que está sendo oferecido. Outro ponto importante é dar opções diferenciadas de pagamento como boleto bancário ou cartão de crédito. O que o cliente não vê, mas percebe, é a arquitetura funcional do site. Se o ambiente for mal construído, ele se afasta e a venda não é concretizada. Para que a navegação seja efetiva, os palestrantes recomendam ainda especial atenção a pontos críticos como estoque, logística da entrega, embalagem adequada, clareza nas datas previstas e cumprimento do acordado. “O diferencial competitivo está na qualidade do serviço, inovação e processos logísticos”, afirmou o gerente de Vendas Corporativas dos Correios, Leonardo Garcia de Lima. Para quem quer se aventurar no mundo virtual ou aprimorar seu site, também é importante pesquisar as diferentes possibilidades de pacotes e preços oferecidos por empresas para as micro e pequenas empresas: da concepção da loja à contratação de serviços para suportar o tráfego de informações e facilitar o pagamento. A segurança das operações financeiras é vista como crucial, dada a desconfiança do consumidor. A previsão é que o faturamento este ano do comércio eletrônico chegue a R$ 20 bilhões, 30% a mais em relação a 2010. Segundo dados da Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico (camara-e.net), cerca de 50 milhões de internautas utilizam o internet bank, mas 23 milhões não compram pela internet. Entre as razões para não aderir ao e-commerce, cerca de 30% disseram que tem medo de fornecer dados pessoais e número do cartão de crédito, mas realizam operações financeiras porque confiam na instituição bancária. Fonte: Agência Sebrae de Notícias