SÃO PAULO – A intenção do governo em conter parte do consumo não afetou fortemente o comércio eletrônico brasileiro. Números da e-bit revelaram que a venda pela internet cresceu 24% nos seis primeiros meses de 2011, em comparação com as vendas no mesmo período do ano passado. O faturamento neste ano alcançou a marca dos R$ 8,4 bilhões. Apesar dos números positivos, o crescimento foi menor do que o registrado em 2010 (40%) em comparação com 2009. “Estamos vivendo um período de turbulência na economia, nos mercados e nas moedas o que leva mais ponderação ao consumidor, mas a compra pela internet parece já fazer parte da cultura nacional e isso não vai mudar”, afirma Ludovino Lopes, presidente da camara-e.net. Novos consumidores De acordo com o executivo da e-bit, Pedro Guasti, a entrada de consumidores com menor poder aquisitivo no mercado eletrônico levaram a esse crescimento. “Dados mostram que 61% dos novos entrantes no comércio eletrônico brasileiro entre janeiro e junho possuíam renda familiar de até R$ 3 mil”, afirma o diretor geral. Alexandre Umberti contou ainda que esse fator reduziu o tíquete médio no primeiro semestre desse ano. “Esse tíquete foi de R$ 355 neste ano contra R$ 370 no mesmo período do ano passado”. Compras Umberti contou ainda que, até o momento, 2011 tem se destacado por uma mudança na preferência dos produtos comprados via internet. “Antes livros se destacavam, hoje eletrodomésticos estão em primeiro lugar, seguido por informática, saúde e beleza e só então livros e revistas”, finalizou. Fonte: UOL