O comércio eletrônico deixou de ser ficção e se tornou uma realidade entre os brasileiros, que compram cada vez mais pela Internet. Segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, em 2010, o setor movimentou cerca de R$ 14,8 bilhões. No entanto, apenas 20% do faturamento foi registrado por empresas de micro e pequeno porte. Uma das ferramentas para crescer na rede é a aplicação de estratégias de marketing digital, que visam ampliar a visibilidade das páginas dentro dos sites de busca em que o Google lidera absoluto. No entanto, especialistas apontam que falta mão-de-obra especializada. Para Flávio Horta, diretor da Digitaltks, que oferece consultoria e soluções na área, um dos principais fatores que alavancou o comércio eletrônico foi o acesso das classes C, D e E à internet. “A lnternet se tornou uma mídia de massa devido ao barateamento dos computadores, smartphones, assim como o custo do acesso. Isso provocou a inclusão das classes D e E, sendo que a C é a que tem maior penetração na rede. Essas classes tem uma demanda de consumo reprimida, que é saciada pela facilidade de se comprar pela rede com cartão de crédito”, explica. E uma das maneiras mais eficazes de fazer com que as empresas tenham visibilidade nos sites de busca é o chamado ranqueamento, que inglês é chamado de Search Engine Optimization, ou apenas SEO. Especialistas afirmam que há poucos profissionais qualificados na função, como explica Fábio Ricotta, analista sênior em SEO e uma das principais referências no tema. “O analista em SEO é uma profissão nova e por isso não há mais que 500 profissionais capacitados para atuar nesse segmento, o que é muito pouco para uma demanda tão crescente. Ou seja, há espaço de sobra para quem quiser investir na área”, explica Ricotta, que orienta que, para entrar nesse mercado é necessário ter pelo menos um conhecimento mínimo de ferramentas para Internet, como HTML e PHP. Mas, para atingir seu público, é preciso criar formas para chegar até ele. “Há várias formas de se comunicar com o consumidor, mas para isso é preciso qualificação para saber quais são os melhores canais. E, no Brasil, faltam profissionais capacitados para atuar nesse ramo”, adverte Horta. Para o analista de marketing digital, João Paulo Fonseca, que presta consultoria, em Belo Horizonte, é preciso criar vários meios para fazer com que a busca do cliente coincida com sua página. “O Google é a principal ferramenta de busca e quem não se posicionar bem nele não terá futuro com seu negócio. O que fazemos é oferecer o máximo de caminhos para se chegar a um único lugar. Para isso, utilizamos recursos como palavras-chave, hiperlink e referências, que irão fazer com que o internauta chegue ao cliente.”. Por Marcelo Ramos Fonte: Jornal Hoje em Dia (impresso)