Marcelo Blay
publicado em 24/10/2016
Insurtech 2016: a nova fronteira da tecnologia no mercado financeiro
Por Marcelo Blay*
Estive na semana de 3 de outubro em um evento em Las Vegas focado exclusivamente na aplicação de tecnologias na indústria de seguros, o Insurtech Connect 2016. O primeiro impacto foi a quantidade de pessoas: 1.500. A partir daí tive grande dificuldade em selecionar quais painéis assistir. Tive que optar por 20 entre mais de 50, o que por si só já foi uma tarefa penosa, pois a vontade era estar em todos. Tentarei sumarizar neste artigo um pouco do que vi e ouvi em dois dias e meio de imersão.
O primeiro ponto, que talvez sintetize o que estamos vivendo mundialmente - e o Brasil não se encontra fora desta realidade - é que a indústria de seguros é uma das últimas fronteiras do mercado financeiro que ainda não havia sido drasticamente impactada pela revolução tecnológica trazida pelas start-ups de finanças, as já populares fintechs. O futuro chegou e como medida inicial este grupo de empresas se batizou com um nome próprio para se diferenciar: são as insurtechs. Conversando com participantes do evento, a estupefação é que há um ano atrás nem se falava do novo termo específico, muito menos poderia se imaginar um evento desta magnitude com tamanha audiência.
A grande constatação é que existe muita coisa a ser feita na indústria e tomando como base um estudo do Financial Technology Partners chamado Insurance Technology Trends, aliado à minha experiência profissional e o evento em Las Vegas:
O que temos visto nos mercados com o uso da tecnologia em estado avançado:
Finalmente, participei de um painel que lançou a provocação de tentar prever quais das iniciativas abaixo estariam sendo usadas daqui a 5 anos, tentado prever o que veio para ficar e o que não passa de um modismo fadado ao desaparecimento. Colocarei os termos em inglês, pois ainda não achei as melhores traduções:
Concluindo, o tal futuro chegou e parece avassalador. As seguradoras que estão tendo sucesso são aquelas que se aproximam deste ecossistema digital e desenvolvem soluções em conjunto com as mais variadas start-ups ao invés de tentar buscar as soluções sozinhas e o maior exemplo disso é a seguradora chinesa Zhong An.
*Marcelo Blay é vice-coordenador do Comitê de Seguros da camara-e.net e CEO da Minuto Seguros.
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